terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bicicleta: uma alternativa de transporte viável nas cidades

Por muito tempo, andar de bicicleta foi considerado uma boa opção de lazer, para passeios em parques e bosques nos finais de semana, ou para se fazer trilhas através das estradas acidentadas longe das cidades. Já, andar de bicicleta para ir ao trabalho ou à escola era algo característico, principalmente das cidades pequenas, onde se acreditava que o trânsito era mais calmo e as distâncias podiam ser vencidas com maior facilidade. Atualmente, porém, as bicicletas têm sido utilizadas também nos grandes centros urbanos.
Em meio aos congestionamentos, à poluição, e outros problemas decorrentes do crescimento desordenado das cidades, andar de bicicleta aparece cada vez mais como uma alternativa viável de transporte. Nas cidades, a bicicleta é geralmente utilizada para percorrer curtas e médias distâncias, em trajetos como ir e voltar do trabalho, visitar amigos ou fazer compras.
Segundo alguns estudos realizados na Grande São Paulo no ano de 2006, quando o fluxo de carros aumenta nas ruas, nos famosos horários de rush, as bicicletas podem ser até 56% mais rápidas que os carros. Embora a infraestrutura para o trânsito de bicicletas na cidade ainda seja deficiente, a utilização das ciclovias, dos acostamentos, e dos caminhos alternativos, fora das grandes avenidas, poupa muito o tempo dos ciclistas.
Além da grande agilidade e mobilidade, andar de bicicleta é econômico. Em termos de custo e manutenção, a bicicleta é bem mais barata do que o carro. Para quem não pode comprar um veículo motorizado ou mesmo pagar a tarifa do transporte coletivo todos os dias, existem bicicletas de vários tipos e preços, assim, pode-se considerar a bicicleta como um dos meios de transporte mais democráticos que existem.
No entanto, um dos maiores benefícios que a utilização da bicicleta traz diz respeito à própria saúde, tanto do próprio usuário como dos outros habitantes dos centros urbanos. Ao se locomover de bicicleta diariamente, melhora-se o condicionamento físico, fato que interfere positivamente na disposição e autoestima do ciclista. Além disso, as bicicletas são um meio de locomoção ecológico, pois não emitem poluentes e contribuem para melhorar as condições de vida de todos.
Muitos países europeus, como a França, a Inglaterra e a Alemanha, por exemplo, possuem programas políticos de incentivo ao uso da bicicleta como meio de controlar as taxas de emissão de CO2 e aumentar a qualidade de vida de seus habitantes. No Brasil, em algumas cidades como o Rio de Janeiro, há serviços públicos que permitem à população alugar as bicicletas, pagando taxas diárias ou mensais pelo serviço.
Cotidianamente, muitas pessoas utilizam o carro de forma acomodada, percorrendo distâncias às vezes tão curtas que um pedestre pode chegar ao destino com maior rapidez. Ao substituir o carro pela bicicleta para percursos como esse é de grande valia. Os benefícios são diversos e os resultados vêm, como visto, tanto a curto como a longo prazo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

SUBVERSIVO ATÉ DEBAIXO DA TERRA


Deixe a dúvida no ar... espero não ter que voltar para o mundo dos vivos para tirar essa história a limpo... assim, estaria subvertendo a ordem da morte!! Quer saber, viva a subversão!

domingo, 9 de agosto de 2009

Fonte histórica intrigante:

Fac-símile (será?) de caderneta de Luís Carlos Prestes, no arquivo do Delegacia de Ordem Política e Social:

http://www.arquivoestado.sp.gov.br/docdesc.php?id=4

O documento que ora colocamos “em destaque” pertence a um importante fundo documental do Arquivo Público do Estado: DEOPS – Delegacia de Ordem Política e Social. Trata-se de reprodução eletrostática, produzida pela própria polícia política, do primeiro volume das dezenove cadernetas escritas por Luiz Carlos Prestes e apreendidas em sua própria residência, no ano de 1964. Juntas, somam 3.426 páginas. Essas cadernetas foram consideradas “a prova mais importante” para o indiciamento de 74 pessoas denominadas “subversivas” pelo Supremo Tribunal Militar. Nas cadernetas constam nomes de políticos brasileiros, comunistas e relatos das atividades desenvolvidas pelo Partido Comunista do Brasil - PCB. A investigação dessa documentação resultou em inquérito de dez volumes, sendo que as cópias das cadernetas foram anexadas ao processo. As páginas 122 a 125 da caderneta não foram reproduzidas por estarem em branco.

Observação: No acervo DEOPS de São Paulo não foi localizada a documentação original. Para mais informações sobre o tema, ver os documentos: prontuário 489 e dossiê 30-Z-9, pastas 16 a 33.

PS: E por falar em saudade:

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2042/artigo119739-1.htm

A volta de cabo anselmo como cidadão
O marinheiro que desafiou os militares, se tornou um dos mais polêmicos agentes da repressão e vive na clandestinidade há 44 anos ganha ação na Justiça que obriga a União a lhe
devolver a identidade e os direitos civis

         

sábado, 8 de agosto de 2009

O DIREITO À VIDA


O texto que segue foi por mim escrito no auge da revolta contra minha própria espécie!! Favor levar em consideração minha tenra idade e falta de maturidade... sou a mesma desse texto, porém, com a carcaça mais endurecida e com novos métodos de protesto!! Viva la revolution!!


O DIREITO À VIDA

Inspirada nas ideias de A revolução dos bichos, de George Orwell, e em minhas próprias, escrevo esta história fictícia, que desejo sinceramente que aconteça.
Certa vez, no ano de 2080, os seres vivos, excluídos os seres humanos, é óbvio, receberam de um ente superior a capacidade de articular pensamentos por um tempo determinado, o que lhes permitiu dar início a uma organização coerente. A partir de então, cachorros, gatos, galinhas, cavalos, pássaros, onças, bois, vacas, ovelhas, porcos, patos, ratos, moscas, formigas, leões, jacarés, macacos, preguiças, girafas, ursos, cangurus, peixes, cobras, lagartos, sapos, minhocas, avestruzes, besouros, lagartas, aranhas, morcegos, baratas, grilos, hienas, zebras, cupins, joaninhas, jaguatiricas, lagartixas, antas, pulgas, carrapatos, ornitorrincos, lobos, elefantes, emas, borboletas, castores, veados, linces, morsas, panteras, guaxinins, cabritos, urubus, tartarugas, polvos, hipopótamos, búfalos, lesmas, ariranhas, corujas, pirilampos, vaga-lumes, ostras, camarões, leões-marinhos, coelhos, crocodilos, aves de rapina, tubarões, varejeiras, perus, baleias, gambás, animais utilizados em experiências e todos os répteis, moluscos, artrópodes, mamíferos, aves, vertebrados e invertebrados, algas, bichos com ou sem anexos córneos, fauna e flora, árvores milenares e recém plantadas, plantas de vaso, carrapichos e vermes, revoltaram-se contra a espécie (“especiesinha” medíocre) humana. “Ops”, me esqueci que os vermes não valem, pois eles já vêm exercendo seu papel brilhantemente, consumindo carne humana, lentamente.
Com isso, começaram a protestar e levantar alguns argumentos que incriminassem os humanos e eu vou citar apenas alguns exemplos: os cachorros (as), cansaram de passar frio e fome, de serem espancados violentamente, de ficarem presos a vida toda sem haver cometido nenhum crime e de serem abandonados por seus “donos” quando envelhecem ou ficam doentes, quando têm cria ou estão prenhes. Além disso, estão cansados de ser o prato principal dos chineses malucos.
Os gatos cansaram de ser atropelados por estúpidos que acham que carros ou motos lhes dão mais poder e também de levar vassouradas quando procuram comida para saciar sua fome, assim como os tubarões enjoaram de levar pauladas por procurarem alimentos em locais “impróprios” devido à deficiência em que se encontra o ecossistema. Vacas, bois, porcos, galinhas, avestruzes, búfalos, coelhos e perus, cansaram de ser engordados apenas com a finalidade de ser abatidos e de emprestarem sua pele, penas, ovos e leite para o consumo humano.
Peixes, baleias, camarões, polvos e ostras enjoaram de doarem suas vidas para se tornar pratos caros e exaltar o ego do homem. Os artrópodes e os pequenos insetos decidiram morar nos ouvidos dos homens sem pagar aluguel.
Cavalos cansaram da escravidão e das chicotadas, elefantes decidiram não mais morrer por seu marfim, passarinhos cansaram de sofrer em gaiolas e de levar pedradas de moleques idiotas que merecem levar uma grande surra. Os ratos, principalmente os de laboratório, assim como todos os animais utilizados em experiências, decidiram fugir a doar sua saúde para teste de cosméticos, remédios e outras experiências estúpidas que levam nada a lugar nenhum. Ah, isso sem contar os animais clonados, que envelhecem rápido e morrem cheios de deficiências que os homens criam e não conseguem curar.
Os perus decidiram furar os olhos das peruas humanas, de forma que elas não mais pudessem se adorar à frente do espelho e achar que o mundo gira entorno de seu próprio umbigo. As borboletas desejaram não mais ser colecionadas. Os morcegos se cansaram da fama ridícula de seres do mau e resolveram explicar que apenas algumas de suas espécies consomem sangue, já que a grande maioria gosta de frutinhas. Os cupins decidiram se unir e destruir todos os bonitos móveis feitos a partir do sofrimento das árvores.
Jacarés e onças cansaram de virar bolsa, sapato e casaco. Minhocas decidiram não mais ser isca, tartarugas cansaram de doar seus cascos, veados enjoaram de terem suas cabeças expostas como enfeites de parede e leões-marinhos decidiram que não queriam ser extintos como foram os tigres-dente-de-sabre. Isso sem contar as plantas de vaso, que optaram por sua liberdade e as árvores, que cansaram de sangrar ao som de serrotes e serras elétricas.
Estes exemplos são ínfimos frente às barbaridades cometidas pelos seres humanos, que não são capazes de respeitar nem mesmo sua própria espécie, que o digam os palestinos ou os brasileiros torturados durante a ditadura militar no país.
Bom, voltando à revolução, digo-lhes que os bichos (repetindo, excetuando a espécie humana), deram início a uma manifestação lenta e gradual (assim como o processo abolicionista no Brasil, que deixou os ex-escravos ao deus-dará). Aos poucos, o número de adeptos cresceu e, devido à sabedoria dos bichos, eles até aceitaram para lutar ao seu lado alguns seres humanos, que haviam dedicado suas vidas em prol da natureza e dos animais.
Por sorte ou por merecimento minha reencarnação foi convocada para a guerra, o que a deixou muito orgulhosa e satisfeita.
Quando o número de combatentes era grande o suficiente para exterminar a maldade do mundo a guerra começou. Mas não pensem vocês que os bichos agiram da mesma forma que os seres humanos maus, assim como em A revolução dos bichos, quer dizer, utilizando-se da tirania, humilhando e destruindo aquilo que todo ser vivo tem direito, A VIDA. Eles não mataram ninguém, apenas plantaram em suas mentes a semente do amor, da paz, da dignidade e do respeito por tudo o que tem VIDA. Além disso, conseguiram apagar da memória dos seres humanos maus toda a racionalidade e senso de superioridade que não sabemos quem os ensinou.
CONCLUSÃO: destruída a tão venerada racionalidade e libertados os extintos naturais, a harmonia voltou a reinar no planeta Terra, lugar onde apenas se mata para comer e se nasce par VIVER.

Adriana Machado Dias
01/06/2004

quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Construção de uma ponte sobre o Rio Tibagi em 1935.

Esta imagem foi obtida do blog do professor José Carlos Neves Lopes "A COMPANHIA FERROVIÁRIA SÃO PAULO-PARANÁ (1923-1944)"